sábado, 12 de janeiro de 2013

Lisbon Winter by Fuji xe-1

A baixa de Lisboa, tem sido alvo de mudanças significativas para melhor nos últimos tempos. Ainda há pouco zona marginal e de passagem, agora zona "trendy". Cada vez mais local de design e pormenores que permitem uma rápida visita fotográfica, com detalhes e luz muito características que gosto sempre de revisitar.


Neste plano , editado em Lightroom, a capacidade e gama dinâmica
do sensor são colocados á prova. Num por do sol intenso 
e desequilibrado , com o sol a surgir entre as nuvens , os edifícios na sombra 
continuam com detalhe.
Fotografia em modo manual. Leitura em média ponderada.


Embora com alguns meses de diferença, fiz o percurso inverso ao teste do Nokia Pureview , até agora, a melhor camera de bolso que experimentei no últimos tempos.

Embora com qualidade o Nokia, por não deixar de ser um telemóvel, tem limitações ao nível dos ajustes , do controlo da imagem e da criatividade final que fica cada vez mais distante do prazer de fotografar e mais próximo do registo enquanto registo.

Assim, procurei no mercado uma camera que me desse esse retorno ao prazer de fotografar.

                                         Com a Fuji XE-1 o auto focus não é o mais brilhante 
                                         que tenho tido, mas permite enquadrar com tranquilidade 
                                         e precisão. Fotografia em modo manual.

Passaram-se muitos anos desde que vendi a Leica, mais precisamente desde que assumi o digital a 100%, também não adianta contemplar a Contax G2,  que belos momentos me deu ou registou outros tantos e que agora jaz na prateleira com as quatro objectivas.

Contraluz com conversão no Lightroom para B/W 
Aproveitei as silhuetas para conseguir verificar o contorno e 
os limites do sensor ás altas e baixas luzes.


Momentos que só estas pequenas maquinas, de grande qualidade e discretas permitiriam, momentos que não voltei a ter, mais próximo seria com as séries G da Canon, pequenas máquinas com características excelentes que se foram revezando em sucessivas evoluções mas sempre com alguns deficits, que ainda não foram ultrapassados, tais como a limitação em grande angular, visor de tunel com nenhuma informação , e a meu ver , mais adaptadas á utilização em automático. Contudo a melhor solução no mercado para máquina quase de bolso, discreta e com qualidade sempre próxima do melhor do que o mercado oferecia, permitindo um bom controlo manual, acoplamento de flash externo etc. Tendo-se sempre a noção de que seriam fotografias , que uma vez com o Iso mais elevado do que 400 asa, seriam sempre problema para impressão séria e com qualidade de quem no seu dia a dia utiliza equipamento de alta qualidade.

Já a luz me fugia, com a Canon G10 esta imagem só de tripé
 ou para mais tarde recordar.
Efectuada com a Fuji XE-1 , na mão
Sensibilidade a 1600 asa
1/12s abertura f:3,6


Depois da ultima G10 a minha desilusão com o precoce ficheiro de 15 mpx do sensor , foi de tal ordem que decidi esperar por melhores dias, e a Canon também, já que esta maquina teve uns breves 6 meses de vida nas lojas.


 A XE-1 tem uma funcionalidade deliciosa
O retorno aos velhos rolos da Fuji, simulação dos filmes que usava
nesta caso simulei o Velvia, com as cores a fazer lembrar o Kodachrome,
Simulação B/W sem filtros






Finalmente a Canon, responde ao apelo de inúmeros entusiastas e fotografos , com duas versões curiosas, a Canos Gx1 cujo a experiência colocarei brevemente um post, e a Eos M , atenção que eu sendo utilizador da Nikon, esta ultima não me traz grandes vantagens por eu não ter objectivas Canon. Já a Gx1 , com o seu sensor perto do tamanho Aps -c , foi muito divertida de utilizar, a mais sempre com a vantagem de eu conhecer a maquina, nem foi preciso reler o manual.

A delicia da discrição, a delicia de poder fotografar ao jeito da Leica.




Nesta experiência , acabei por ter alguma insatisfação que descreverei mais tarde, e decidi seguir o conselho do Eduardo Lima da Colorfoto , e experimentar a FujiFilm XE-1 recentemente chegada ao mercado, depois do sucesso da X1 Pro, irmã mais velha.
Nas minhas maquinas o Raw está sempre presente.
Não estava a pensar editar muito as imagens, enquanto não tiver o Camera raw da Adobe,
lá terei de tratar as imagens no Lightroom.
Este tipo de camera para mim pede uma edição a P/B


Conforme a noite caia, eu fui conhecendo a máquina, e reconhecendo virtudes,  um iso
que permite opcionalmente uma latitude automática até 1600 asa, consoante a luz , seria arriscado ,
 não fosse o caso da maquina manter qualidade até Iso's altos , tão bem como a minha D3.
Neste caso a fotografia foi cropada a 1/3 , fotografada a 1600 asa, 1/13s, com abertura F:4,
O que saliento da imagem, além dos detalhes bem conseguidos a baixa velocidade, e camera na mão,  é o facto dos sujeitos da imagem estarem em contra luz, e de ter conseguido baixar e equilibrar as altas luzes que estão nos candeeiros.
Esta máquina e sem a experimentar no terreno, visualmente tem um design retro, a fazer lembrar as minhas velhas Leicas, ou Contax. O pegar na XE-1, é leve , mas muito ergonómico, com um visor electrónico que para além do largo Lcd que detecta por sensores a nossa preferência no momento de qual a forma de fotografar pretendemos. Este visor , tem as informações todos necessárias, e até mais do que estaria á espera, por ser Live View , acaba por ser ligeiramente lento na reação , e principalmente por registar a fotografia por segundos , este tempo faz com que a visualização seja interrompida pela imagem anterior o que dá uma certa confusão pelo lapso de tempo que ocorre durante uma sucessão de disparos.
Realmente foi uma surpresa, agradável, ter uma maquina que me permite novamente
 a sua utilização constante, sem ter de andar com 2 kgs de máquinas
atrás sempre que saio,
mantendo no entanto a qualidade que preciso em qualquer circunstancia.



Outros detalhes que justificam ter uma reflex de qualidade, são sentidos, mas não é este o objectivo de utilizar a XE-1, é mais uma alternativa agradável, uma forma diferente de estar na fotografia... um retro muito avançado...

A distribuição dos botões da maquina, é resultado de muitos anos de experiência, e de certo de ouvir muitos utilizadores, porque todos eles fazem sentido e melhor não conseguiria imaginar. Desde as velocidades no topo, a opções e personalizações que se desejem, de forma a tornar o prazer de fotografar um bem que esta maquina fotográfica assume como prioridade.





Indy BW

Tenho andado com algumas mensagens por escrever, nomeadamente sobre o voltar a ter o prazer de fotografar como amador, o voltar a ter a fotografia como hobby, para além de ter a chance de poder fotografar profissionalmente, o que é sempre complicado, já que nesta ultima vertente tenho que agradar ao cliente.

Ainda há momentos , peguei na minha ultima requisição, maravilha!!!  Uma Fujifilm XE-1 que me permitiu sem abdicar da qualidade ter novamente o regresso ao conceito das Leicas e Contax que coloquei de lado, a quando da minha passagem para o digital em 2001.

Eis uma amostra de uma fotografia em programa com leitura ponderada ao centro,  com iso em manual de 100 asa, feita em Jpeg, editada no lightroom.

Esta semana, a Jeep Portugal, cedeu-me este JEEP Compass Hibrido. Ainda não estou para os eléctricos a 100%, temo sempre ficar a maio do cam...