Fujifilm XF 50MM F/1.0 R WR
Vs
Fujifilm 56mm f:1.2 R
A Fujifilm 50 mm F: 1.0
845g
A Fujifim 56 mm XF f:1.2
405g
Duas retratistas e duas gerações do sistema de objectivas X da Fujifilm.
Estas duas objectivas da Fujifilm, são de gerações diferentes, o que pode condicionar um pouco este comparativo, uma vez que a camera utilizada foi uma Fujifilm XH2 da ultima geração, com sensor muito exigente de 40 Mpx .
À partida a 50 mm F:1.0, tem uma juventude que arrasaria a 56 mm F 1,2 de forma implacável se o teste fosse simplesmente teórico.
Primeiro, porque a 56 mm testada, nem sequer está selecionada entre as objectivas compatíveis com a XH2 por não ter sido projectada para o novo sensor, o que deu lugar à 56mm F 1,2 R WR.
A Fujifilm não se tem poupado em desenvolver cameras que têm em base os comentários e sugestões práticas de fotógrafos.
Daí, fotógrafos como eu, que vimos do analógico, encontramos facilmente os comandos e a ergonomia ideal de como pegar na camera.
Este teste, não á laboratorial, é cem por cento prático. Luz natural, influências de luz artificial, modelos não maquilhados.
Qualquer das duas objectivas, tem anel de focagem manual, o que permite através do comutor da camera, focar manualmente ou em automático,
No fundo, uma experiência para o qual ambas as objectivas foram concebidas uma vez que ambas têm como característica a abertura muito luminosa.
A camera utilizada foi a XH-2, uma das cameras que utilizo profissionalmente.
Tem 40,2 Mpx num sensor CMOS X-trans.
Comecemos pela Fujifilm 50 mm R WR f 1,0, uma objectiva de 2023, à prova de mau tempo e poeiras.
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A 50 mm na XH-2, proporcionou nesta fotografia uma amplitude dinâmica de 5 EVs |
Altamente corrigida com 12 elementos em 9 grupos e diâmetro de filtro de 77mm pesa 845g o que se sente bem.
Este factor do peso e tamanho, é de considerar em fotografia de viagem ou de rua, uma vez que a discrição e peso leve faz a diferença.
No primeiro contacto, aproveitei uma mesa composta com luz natural e homogénea.
Neste ponto fiquei decepcionado com o ponto de focagem mínimo acima dos 70 cm.
Depois de desistir da fotografia a curta distancia com esta 50 mm, para o qual não foi projectada, passei à fase em que chamámos as pessoas mais fotogénicas da sala…coitadas!
Janela filtrada pelos cortinados brancos e vamos experimentar as aberturas mais amplas de forma a perceber quais as vantagens da objectiva.
Num à parte, eu não sou radical das objectivas Prime, tanto uso zooms como Prime. Nas Prime reconheço mais detalhe e principalmente a vantagem de poderem ser mais luminosas, pequenas e leves, se isso não for a grande diferença, venham os zoom, que no caso de marcas como a Fujifilm, são de qualidade excelente e dificilmente se encontrarão diferença de detalhe em relação ás Prime.
Nesta parte da experiência, a XH-2 tem estabilizador de imagem, o que normalmente me dá confiança, principalmente porque nenhuma das duas objectivas o tem, pelo que depende essencialmente da camera.
Por outro lado, há um factor que hoje em dia tem de se ter em conta, é que se antigamente o foco era da responsabilidade do fotógrafo, hoje em dia, senão for em modo manual , o foco é da responsabilidade da camera.
No primeiros disparos com a 50 mm a 125 Iso, com abertura de F:2 e 1/60s, a objectiva mostrou logo a sua dinâmica e altíssima qualidade perante condições de luz muito deficitárias.
Reconheço que fiquei fascinado pela forma rápida de foco e como agarrou logo a modelo.
A imagem está muito nítida, embora estivesse com uma abertura ampla de F:2 . O bokeh suave progressivo mas definido sem desfoques excessivos ou aberrações cromáticas.
Retirei a 50 mm de imediato, e coloquei a 56mm para repetir a imagem o mais semelhante e a primeira coisa que senti foi que a imagem perdia luminância , mesmo mantendo a abertura.
Não é nada novo para mim, já tinha dado com esse fenómeno, tem a ver com o ganho das objectivas luminosas e da forma como gerem a luz.
Para ter a mesma luminância da 50mm acabei por abrir o diafragma ligeiramente para F 1,6.
Ao abrir a imagens em Lightroom, as imagens da 56mm eram igualmente excelentes, a 50 mm mostrou ser uma objectiva mais contrastada e mais definida em detalhes que podem inconvenientes para algumas peles.
A latitude entre as High & Low Keys não foram marcantes nestas imagens pela suavidade da luz vinda da janela, luz essa que ao ser suave, poderia perder no contraste e definição o que a Fuji resolve muito bem com uma patine semelhante à dos rolos que as minhas gerações tanto gostam.
A tarde ia avançando com perda de luz natural, pedimos à Soraia que tivesse um pouco de paciência, e lá encontrámos a vítima ideal , até porque com um copo de vinho estava adormecida e até gostou da sessão de improviso.
Neste caso, fui rodando de posição, tendo em conta a luz que vinha da janela criava contra -luz.
Conhecendo a larga amplitude do ficheiro da XH-2, deu para testar as duas objectivas e respectivo comportamento com High Key e Low key em condições de luz natural sem reflectores.
Continuo a ter a 50 m F:1,0 com melhor contraste e detalhe ao pormenor e a 56 mm é também uma excelente objectiva, a mostrar que é preciso uma visão de gavião para ver as diferenças..sim, porque as diferenças entre ambas são mínimas.
Já o detalhe do peso é abismal, 405g aproximadamente da 56 mm para 845g da 50 mm que faz muita diferença quando carregamos diversas objectivas.
O próprio corpo de cada objectiva, é substancialmente diferente, a 50 mm enche a mão a 56 mm é muito mais simpática e discreta.
Temos de ter em atenção que a a 56mm tem apenas f:0,2 de diferença da 50mm , isto é, apenas o que não chega a 1/5 de stop EV, o que se traduz em nada na realidade dos sensores da Fujifilm.
Conclusão desde ensaio:
Entre os 1,590€ da 50 mm e os 1,195€ da 56 mm WR além da diferença de numerário, existem muito poucas diferenças significativas que justifiquem o maior peso, os filtros mais caros e a dimensão pouco discreta da 50 mm que pode torná-la apenas opção para trabalhos profissionais de detalhe e rigor , essencialmente de retratos, já que a macro não ´ºe definitivamente a sua concepção.
A 50mm também oferece uma distância focal ligeiramente mais versátil (75mm).
Ambas têm praticamente a mesma abertura máxima, embora, como referi a 50 mm, tenha um ganho de luz existente ligeiramente superior pelas características de arquitectura interior e de tratamento de vidro.
Pessoalmente, prefiro a 50mm pelo maior detalhe e ser mais versátil, no entanto a 56 mm é uma excelente compra e não desilude em nada,
A nova 56 mm R WR, não foi a testada e será mais rápida e com melhor aproveitamento do sensor, logo as diferenças existentes entra as duas devem-se dissipar.
Mais acentua que a 56mm F: 1,2 R WR se torna a melhor compra em todos os aspectos.
Ambas primam por:
Excelente definição
Robustez
Qualidade
À prova de chuva e poeiras
A 56 mm ganha em peso 405g vs 845g e tamanho obviamente mais ligeiro
A 50 mm ganha por ter distancia focal mais versátil, mais contraste e um ganho ligeiro de luz.
Distancia focal - 56mm- Abertura maxima - F1.2
- Abertura minima - F16
- Alcance de focal normal - 0.7m - infinito
- Tamanho de filtro - 62mm
Distancia focal - 50mm
Abertura Máxima f / 1
Alcance de focal normal - 0.7m - infinito
Abertura Mínima f / 16
Exemplos do teste:
Com a 50 mm f: 1.0
Fotografia superior crop da debaixo:
Com a 56 mm XF f:1.2
Ambas as objectivas focam a partir dos 0,70m o que não permite a sua utilização em planos de aproximação